O Ponto
O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e minimalista. Dois pontos funcionam de forma relativamente eficaz para medir o espaço no meio ambiente ou no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto visual. Interligados, são capazes de dirigir o olhar e, se em grande número ou por fenómeno de justaposição, criam a ilusão de tom ou de cor, conferindo, movimento, estabilidade, estímulo, tensão a qualquer composição.
A linha
Quando os pontos estão tão próximos entre si e se torna relativamente impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direcção, e a cadeia de pontos transforma-se num outro elemento - a linha. A Linha é como um ponto em movimento, nunca é estática, é o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço. O elemento visual da linha é usado principalmente para expressar a justaposição de dois tons. A linha é muito usada para descrever essa justaposição, tratando-se de um procedimento artificial.
Não está presente na natureza, mas encontra-se no meio ambiente, por meio de uma rachadela numa árvore ou numa calçada, nos fios telefónicos, nos ramos das árvores, em construções arquitectónicas, linhas férreas, entre outras.
Direcção
Na comunicação visual são conhecidas três direcções visuais básicas e significativas:
o quadrado/horizontal, vertical (1.ª figura)
o triângulo/diagonal (2.ª figura)
o círculo/ curva (3.ª figura)
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O conceito horizontal - vertical transmite uma ideia de bem-estar, de maleabilidade, de estabilidade. No campo da direcção diagonal possui uma força direccional mais instável e mais provocadora, possuindo uma composição mais irregular e, consequentemente, mais perturbadora. Por último, o conceito da direcção circular tem um significado mais abrangente e repetitivo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTfr4wLntliV79v-kchUAI_DDEiA7derUq_GVKiR5pxB3GoDV5E5j2uni1kKW-BUih2eb4pmYNSr6RszE3EwCPBZ2N6-PEgF5QkftG7YTyFtcarqp8_f7Zbstwrq_I4tlT5hRrsq8h-D0/s320/direc%25C3%25A7ao.jpg) |
Horizontal/vertical diagonal círculo |
Forma
Na comunicação visual existem três tipos de formas principais: o quadrado, o triângulo equilátero e o círculo.
Ao quadrado estão associadas sensações como o enfado, a honestidade, a rectidão, o rigor e o esmero; ao triângulo a acção, o conflito, a tenção e, por último, ao círculo a infinitude, a calidez e a protecção.
É a partir da combinação destas três formas e consequentes variações, que nascem todas as restantes formas da natureza e da imaginação humana.
Cor
A cor é um fenómeno óptico provocado pela acção de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor tem maiores afinidades com as emoções, daí que quanto maior a ligação a uma determinada cor, mais tendência temos para nos rodearmos dela, seja pelas boas vibrações que nos transmitem, pelo conforto ou até pela singularidade. O branco, por exemplo, está associado à paz, à tranquilidade e ao equilíbrio; o preto, ao luto, à tristeza, à magia e ao mistério; o amarelo à luz, energia, à vitalidade, ao optimismo; o laranja está associado ao movimento e à espontaneidade; o azul ao sonho, à intelectualidade, à lealdade e à personalidade; já o roxo é a cor ligada à espiritualidade, à imaginação, ao pensamento; ao passo que o rosa se liga à feminilidade, ao romatismo, à delicadeza; enquanto que o verde tem que ver com a esperança, juventude e vigor e o vermelho com a sensualidade, a paixão, o orgulho e o poder.
A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas.
Matiz que é a cor em si
Saturação, que é a pureza relativa de uma cor
Luminosidade ou acromática, é o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor
Tonalidade
A tonalidade está intimamente ligada as gradações de uma determinada cor que determinam, dessa forma, a sua tonalidade. A tonalidade relaciona-se com os conceitos luz e escuridão que conferem a uma cor diferentes tonalidades quando expostas a estas duas situações divergentes.
Textura
A textura é um elemento visual que serve, frequentemente, como um "substituto" para as qualidades de um outro sentido, o tacto. É desta forma possível apreciar e reconhecer a textura tanto através do tacto como da visão, ou até mediante combinação de ambos.
A textura baseia-se, essencialmente, naquilo que vislumbramos ou tocamos, todavia, quando conjugada com a visão é altamente eficaz porque a visão permite a percepção visual e sensorial de uma qualquer textura, apenas através da memória visual e sensorial que possuímos que nos permite reconhecer determinada superfície/textura só com o olhar, adivinhando se esta apresenta características rugosas, ásperas, suaves, delicadas, irregulares, niveladas, molhadas, etc.
Escala
A escola pode ser estabelecida, não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações com o campo ou com o ambiente. Em termos de escala, os resultados visuais são fluidos, e não absolutos, pois estão sujeitos a muitas variáveis modificadoras.
A escala é muito usada nos projectos e mapas para representar uma medida proporcional real. A medida é parte integrante da escala, mas sua importância não é crucial sendo, neste caso, mais preponderante a justaposição, o que se encontra ao lado do objecto visual e em que cenário ele se insere.
Neste caso, torna-se importante aprender a relacionar o tamanho com o objectivo. Ao manipular um espaço, podemos fazer um espaço grande parecer pequeno e aconchegado, ou um espaço mais pequeno arejado e espaçoso por mais ilosório que possa ser.
Dimensão
O conceito de dimensão está presente no mundo real, em formatos visuais bidimensionais, como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, mas em nenhum destes elementos essa dimensão é real estando apenas implícita. O conceito de dimensão, pode ser conseguido através de artífices como a perspectiva ou a utilização da luz e da sombra.
Movimento
O movimento é criado de forma a conferir dinâmica visual aquele que observa.
"A sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas é mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida".
*adaptação de "A síntese da linguagem visual" de Dondis, Donis A