sábado, 4 de junho de 2011

Memória descritiva de Infografia

Para a proposta final de Design de Comunicação Visual que consistia em realizar uma infografia de interesse jornalístico, optei por realizar uma infografia sobre a Segunda Guerra Mundial que poderia ser incluída numa revista científica, por exemplo.

Para a realização da infografia pensei em duas formas de o abordar: ou recorria a uma infografia com o mapa mundo e depois fazia a localização e consequente explicação dos dados mais importantes ocorridos em determinado país, ou fazia uma divisão entre acontecimentos liderados pelos Aliados e o Eixo. Vigorou, como podemos ver, a do mapa mundo por achar que seria mais apelativo e compreensível ao olhar.

Na minha infografia optei por seleccionar os países quase como se fosse um clique, quase como uma infografia dinâmica em que ao carregar aparecia a informação, mas transformada numa infografia estática. Além da informação relativa aos acontecimentos mais preponderantes da Segunda Guerra Mundial, decidi também incluir no canto inferior esquerdo informação relativa ao holocausto – a perseguição nazi aos judeus – que foi, sem sombra de dúvida uma das consequências e mais calamidades que a II Guerra Mundial trouxe de novo, a par das enormes consequências económicas, políticas e financeiras que arrastou consigo.



Por uma questão de experimentação decidi coloca também o fundo em preto de forma a destacar melhor os cliques e os países seleccionados. Mas no final acabei por preferir em fundo branco.


Por último, e por sugestão da professora alinhei toda o texto à esquerda para evitar os espaços em branco excessivos visíveis entre algumas palavras e arranjei os textos, os quais tinha-me enganado durante a colagem no Photoshop tendo, para tal que inverter a direcção da seta do Havai que teve necessidade de descer. O resultado final foi o seguinte:



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pesquisa de infografias

Aqui encontram-se alguns exemplos de infografias já realizadas, por profissionais, nas quais procurei obter alguma inspiração para a minha criação gráfica:~





Infografia

Infografias são representações visuais de informação. Este género de gráfico é usado para complementar informação que necessita, e seria mais dinâmica de ser apresentada, de uma forma mais lúdica e versátil, como é geralmente comum no jornalismo, em mapas e em vários tipos de manuais. A infografia é geralmente uma composição complexa que engloba fotografia, desenho e texto.
No caso concreto do jornalismo, que é, aliás, o campo que nos interessa, a infografia é muito utilizada na imprensa para descrever de que forma determinado acontecimento sucedeu.
Desta forma, a infografia aparece-nos como um domínio da informática relativo à criação e manipulação de imagens digitais utilizando variados gráficos, como imagem, texto e vídeo, este último mais utilizado, no caso prático do jornalismo, no ciberjornalismo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Memória Descritiva, proposta de trabalho n.º 3

No meu projecto de cor, optei por trabalhar três imagens de alguns elementos que marcam muito, nomeadamente o cinema e a literatura.

A primeira imagem, refere-se ao filme "Into the Wild", que, pessoalmente, gosto bastante, por explorar a realidade da procura total pela liberdade e o corte de laços com a civilização urbana, completamente dependente de bens materiais. É uma escolha de vida, na procura pelo auto-conhecimento, e descoberta de quem somos e que marca queremos deixar no mundo. Desta forma, a imagem original, é-nos apresentada com tons claros, suaves, que transmitem uma sensação de paz, de equilíbrio, de tranquilidade, de realização, que, de certa forma, é tudo aquilo que o filme pretende passar para o público. Todavia, o caminho não foi fácil, houveram muitos precalços na jornada e próprio fim, não é, de igual forma, motivador e positivo. Dessa forma, optei por explorar esse lado, da dificuldade, de quem nem sempre o caminho final é aquele que sempre sonhamos.
Assim, a carrinha adoptou um tom vermelho, mas afecto à fatalidade do que o verde original que transmite tranquilidade e esperança. Os vidros foram esfumados e escurecidos, para transmitir a ideia de abandono e de sujidade, bem como o bege que se tornou mais acastanhado para transmitir esse mesmo efeito. O céu adoptou um tom frio, cinzento de tempestade, como que ameaçando a chuva, enquanto que o rapaz foi também ele "escurecido" para dar a ideia de "não presença", quase como se tivesse envolvido num mutismo interior de arrependimento e medo pelo fracasso dos seus objectivos. Todavia, em contrapartida, tornei a camisola verde, com um pouco mais de luminosidade e menos contraste que o corpo do rapaz, para demonstrar que, não importa o quão longe estejamos, quantas dificuldades encontremos, quantos medos nos impeçam de continuar, há sempre esperança para nós em algum lugar, a felicidade será sempre possível. Só temos que lutar e procurar o que verdadeiramente queremos para nós no mundo.


 











A segunda imagem refere-se a um outro filme que vi uma vez com os meus pais e que me chamou em muito à atenção pelos cenários e pelas cores que eram, todas elas, muito  monocromaticas, muito semelhantes, muito "descolores".
Nesse caso, acabei por pegar na imagem pertencente à capa do filme, com uns tons muito esverdeados e acastanhados, muito linear e monótona que, em todo o caso, se encaixa com a ideologia do filme que não é muito alegre, nem uma história de amor convencional - centra-se na vida de um jovem casal que só descobre que se amam verdadeiramente, depois que são obrigados a mudar para uma província chinesa assolada pela peste, já que o marido é médico e é destacado para curar e salvar as vítimas. Durante anos, viveram na mentira, na infidelidade, até que, nesse local, percebem que já é pouco o tempo que lhes resta para consumar o amor que parecia estar adormecido entre eles.
Dessa forma, como a descoberta desse amor é tão genuína, tao envolvente, tão cativante, decidi "colorir" a imagem de modo a destacar esse amor, essa descoberta, esse romantismo. Todavia, a tarefa não se revelou muito fácil dada a tonalidade praticamente semelhante de todo o ambiente envolvente.
Todo o ambiente sofreu uma "coloração", como a água do rio, e toda a vegetação envolvente, assumindo o carácter de "fim de tarde" que é, regra geral, um dos momentos preferidos pelos namorados, devido à sensibilidade e romantismo que o pôr-do-sol acarreta. As roupas também abandonaram os tons pestilentos e simples, nomeadamente o vestido da rapariga que assume um tom quente e brilhante de vermelho, e as calças do rapaz que se tornam mais clássicas, num elegante tom negro. A minha ideia era explorar a máxima, um tanto cliché, de que o amor move montanhas e muda corações, trazendo alegria e cor à vida daqueles que amam verdadeiramente. Ao mesmo tempo, foi ideia pegar no título do filme "O Véu Pintado", e "pintar" a história, demonstrando que um "véu" nem sempre precisa ser linear, transparente e monótono.










Por último, acabei por pegar numa das minhas capas favoritas dos imensos livros que já li ao longo da minha vida. "Escuta a Minha Voz" foi um dos meus livros favoritos no final dos meus anos do básico, antes de ingressar no secundário, e é a continuição do best-seller da conceituada escritora italiana Susanna Tamaro "Vai Aonde Te Leva O Coração". Sempre me senti fascinada pela capa do livro que, para quem o lê e compreende, consegue resumir, em muito, o teor da história. 
A imagem contempla uma criança, atrás de uma árvore, com as unhas cravadas no tronco. Toda a imagem está a preto e branco, e transmite a ideia da necessidade que a criança sente de se agarrar à vida, já que nunca foi possuidora de uma infância verdadeiramente feliz, na sua ideia. No universo do livro, aquele árvore, que é cortada no início do livro, quando a "criança" já é crescida, materializa a sua infância. o corte da árvore torna-se num dos momentos mais arrepiantes da sua vida, em que ela ve a sua vida fugir-lhe por entres os dedos.
Assim, a minha ideia é transmitir precisamente o contrário. Através da cor, "animar" a imagem, transformando-a na capa de um livro de histórias para crianças, onde a criança está a brincar às escondidas e convida o seu "jovem leitor" a juntar-se a ela, através do apelo colorido das letras "Escuta".
A relva assumiu um tom verde brilhante e viçoso e o tronco um castanho saudável que confere "vida à árvore".
Inicialmente, a ideia era transformar também o vestido, em laranja ou azul turquesa mas como este apresenta uma tonalidade mais luminosa de um lado e mais escura do outro e, depois de várias tentativas, achei por bem desistir da ideia que tornava a imagem muito cansativa e pesada e manter o vestido branco que transmite aqui, não a ideia de tristeza, mas de inocência e sensibilidade tão comuns nas crianças.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A COR

Desde que nascemos e começamos a ter alguma percepção do mundo à nossa volta, que a cor faz parte do nosso quotidiano. Aprendemos que determinados objectos são necessariamente de determinada cor e não de outra, passando a associa-la, instintivamente, como uma laranja ou um morango que são irrepreensíveis nos seus tons.
Tudo no mundo tem uma cor específica, a cor faz parte do nosso dia-a-dia, um milagre que os nossos olhos se permitem observar todos os dias. É um autêntico espectáculo de explosão de cor que podemos presenciar a cada dia que passa, seja pelos tons do céu, o ambiente envolvente, a atmosfera, os edifícios, os carros, as roupas das pessoas. Tudo permite esta variável de alegria.
Por falar em roupa, a roupa que vestimos, de determinada cor, em determinado dia, pode dizer muito sobre o nosso estado de espírito. Daí que seja perceptível que usemos cores mais alegres como o amarelo, o rosa, o laranja, o vermelho, no Verão que é uma altura já de si propícia à alegria, à descontracção e ao exagero. Sentimo.nos bem connosco próprios e com o mundo. O calor puxa cor e nós deixamo-nos levar. Por outro lado, no Inverno é comum que a melancolia dos dias cinzentos e chuvosos nos obrigue a camuflar com a atmosfera: os cinzentos, os pretos, os beges, os castanhos e os azuis escuros saem à rua, tentando se manter na discrição e na sobriedade.
Contudo, a cor é algo de si tão fascinante que nos atrai. Quão comum é entrarmos numa loja e sermos altamente seduzidos por objectos ou peças de roupa de determinada cor. Não explicamos, mas a verdade é que aquela cor faz-nos sentir bem, e se estamos felizes isso nota-se. Por causa disto, é comum perguntarem-nos ainda enquanto crianças "Qual é a tua cor favorita?" de maneira a poder presenciar a criança com algo da sua cor favorita. No meu caso, adoro cor de rosa e todas as suas variantes. Qualquer objecto de cor rosa, roxo ou lilás é altamente fascinante para mim, embora não saiba dizer porquê, embora no dia-a-dia não vista muito cor-de-rosa. Já o verde é uma cor pela qual não me consigo fascinar. Não gosto simplesmente, mas gosto de árvores e de campos cheios de arvoredo e relva.
A nossa mente é de facto um objecto claramente complexo e sedutor e, por certo, não é só a forma como a cor nos fascina que a torna tão extraordinária. Não é só... mas também ajuda.


____________

A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe ou fotons sobre células especializadas da retina que transmitem impressões para o sistema nervoso.
A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes reflectem. Determinado objecto ter determinada cor, caso não absorva as frequências daquela cor. ex. um objecto será azul se, preferencialmente, não absorver frequências de azul. (wikipédia)

Luz e cor

A cor resulta da existência de luz. Sem luz não existem cores. Na ausência total de luz, o que vemos é o negro.
Foi no século XVII que Isaac Newton descobriu que a luz branca do sol é constituída por várias luzes coloridas.


(Numa sala escura deixa-se passar luz solar por uma pequena abertura- Coloca-se um prisma triangular, em vidro transparente, de maneira que esta luz incida numa das outras faces. Acontece que a luz que sai do prisma fica decomposta em várias cores que podem ser projectadas numa superfície branca. Essas são as cores do arco-íris.)

A experiência de Newton mostrou que a luz do sol contém várias cores, ou seja, diferentes tipos de radiação. Cada radiação tem um comprimento de onda próprio. O conjunto de todas estas radiações constitui o espectro electromagnético. No entanto, apenas uma pequena faixa da radiação é captada pelos nossos olhos - espectro visível. Este é constituído pelo conjunto de radiações coloridas que podemos observar no arco-íris. Isto significa que as restantes radiações não são visíveis para os nossos olhos.

Contrastes de cor

Quando duas cores são diferentes podem constituir um contraste. Essa diferença pode ser quase imperceptível ou muito acentuada. Se essa diferença estiver no seu máximo, dizemos que tem um contraste polar.

Contraste claro-escuro
O contraste polar de claro-escuro é entre o branco e o preto. O azul e o amarelo, que são muito luminosos, também têm um contraste claro-escuro bastante acentuado.

Contraste quente-frio
O azul, o verde e o violeta são consideradas cores frias, já que as associamos com o mar e com as florestas verdes. Por sua vez, o laranja, o vermelho e o amarelo são consideradas cores quentes, geralmente associadas com o fogo e com o sol.
O preto e o branco são cores neutras.
Um constraste entre uma cor fria e quente, por exemplo, laranja e violeta forma um contraste quente-frio.

Teorias da cor

A cor foi sempre considerada muito importante para a vida e para a arte. Ao longo do tempo, foram aparecendo teorias que tentavam explicar o fenómeno da cor: nos aspectos físico, sensorial e psicológico. Ao longo dos séculos, vários físicos, artistas e teóricos propuseram teorias e organizaram diagramas, ou seja, esquemas gráficos com cores, que vamos ver já em seguida.

Isaac Newton

Newton, físico inglês (1642-1727), estudou a cor, do ponto de vista físico. Descobriu que a luz branca do Sol era a mistura de todas as cores. Embora vulgarmente o circulo cromático seja dividido em partes iguais, Newton idealizou o primeiro círculo cromático em que a porção de cada cor correspondia à sua extensão no espectro visível.







Philip Otto Runge (1777-1810)

 Pintor alemão que publicou o livro "A esfera das cores". Neste livro explicou a sua teoria sobre a cor e foi o primeiro a idealizar um modelo a três dimensões. As cores primárias são o magenta, o amarelo e o azul ciano que misturadas, formavam mais nove tons intermédios. Estes 12 tons ficavam sobre o diâmetro da esfera e eram misturados com branco e preto, de modo a obter uma gradação de tons cada vez mais claros, para o pólo com o branco, ou mais escuros, para o pólo com o preto.



Joahannes Itten (1888-1967)



O círculo cromático de Itten apresenta um triângulo com as três cores primárias. A mistura de cada par das primárias dá as três cores secundárias: verde, violeta e laranja. À volta deste primeiro diagrama em forma de héxagono, aparece o círculo cromático com as todas as primárias, as secundárias e ainda as terciárias, por mistura de uma primária com a secundária.
Idealizou inúmeros exercícios em que são construídas gradações de tonalidades entre duas cores primárias e ainda escalas de mistura com branco e preto.



Faber Birren (1900-1988)


O triângulo cromático com 3 cores primárias, 3 cores secundárias e 3 cores terciárias é o diagrama mais conhecido deste artista americano.
Estudou também, as harmonias cromáticas.








Significado das cores:

O preto está associado à ideia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa também dignidade.

O branco associa-se à ideia de paz, de calma, de pureza. Também está associado ao frio e à limpeza. Significa  inocência e pureza.

O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite estabilidade, sucesso e qualidade.


O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico.



O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder. O Vermelho escuro significa elegância, requinte e liderança.




O Verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma. Verde-escuro está associado ao masculino, lembra grandeza, como um oceano. É uma cor  que simboliza tudo o que é viril. O Verde-claro significa contentamento e protecção.

O Amarelo transmite calor, luz e descontracção. Simbolicamente está associado à prosperidade. É também uma cor energética, activa que transmite optimismo. Está associada ao Verão.


O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É pois uma cor activa que, significa movimento e espontaneidade.

O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das cores frias. O Azul-escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia. O Azul claro significa tranquilidade, compreensão e frescura.

O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.

O Rosa significa beleza, saúde, sensualidade e também romantismo. O Rosa claro está associado ao feminino. Remete para algo amoroso, carinhoso, terno, suave e ao mesmo tempo para uma certa fragilidade e delicadeza. Está ainda associado à compaixão.

O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.

O Lilás, significa espiritualidade e intuição.